quinta-feira, 19 de março de 2009

Educação Inconsequente

Em geral, desde os dias em que ultrapassei a fronteira com o oceano, defino o Brasil como uma clássica resenha do mundo. Diversos tipos de culturas, belezas naturais de variados tipos, mulheres de praticamente todas as cores, idades e amores (que o diga Martinho), homens também.Variados tipos de climas e florestas e por que não, praticamente todos os tipos de problemas existentes no planeta. Naquele tempo tinha como exceção catástrofes naturais, o que hoje não posso me dar ao luxo de deixar de fora.

Independentemente disso, por onde quer que seja, do Oiapoque ao Chuí, quando a questão lançada é sobre a solução aos problemas tupiniquins, eis que a resposta fundamental surge voraz, sempre seguida de um aceno positivo de cabeça de quem a escuta.

Educação...

Até as crianças, as mais “educadas” já sabem a resposta na ponta da língua. Simples e exata, como a equação de Bháskara.

Porém, separar alhos de bugalhos não é uma missão tão simples assim.

Algumas coisas me intrigam. A educação passada, e repassada nas escolas de alto nível ou não, não parece mais formar cidadãos conscientes no sentido conceitual original da expressão, mas indivíduos inconseqüentes. Embora tenha um dos piores sistemas educacionais do mundo, nossa pátria mãe não pode ser restringida a país de analfabetos, talvez com maior índice de cegos, surdos e mudos, mas será que a educação como ministrada nos grandes centros particulares (tomemos eles como exemplo), seria capaz de modificar as estatísticas?

A esmagadora maioria dos brasileiros que tive oportunidade de encontrar do outro lado do oceano, eram/são pessoas educadas, universitários ou graduados, inclusive cujo sonho de abertura de um grande negócio próprio no Brasil, seria facilmente descartado caso uma oportunidade de fixar residência fora fosse adquirida.
O perfil da casta educada dentro das fronteiras verde-amarelas, não é dos mais animadores. Políticos, advogados, contadores, qual a primeira palavra que lhes vem a cabeça? Ladrões, safados, sonegadores?

O que os privilegiados com educação estão fazendo agora diante desse País?

- Tentando comprar casas e comendo batata frita – poderia ser uma das respostas.

Temos o idealismo de que o povo seria ouvido e não manipulado caso fossem educados, quando na verdade até os educados de hoje são mudos e enganados, quando não falantes e enganadores claro.

Estaria a educação correta?

A fórmula exata talvez seja mais complexa do que possa parecer, com termos reais e imaginários.

Um comentário:

  1. Educação!!A salvação? Acho que não.
    Etmologicamente a palavra educar veio do latim educare que quer dizer eduzir. Eduzir do educando os valores implícitos na natureza humana. Que natureza humana? Antes de sermos "humanos", somos animais. E a essência dos seres vivos, humanos ou não, é a sobrevivência, social ou fisiologica, afinal tudo se enquadra na pirâmide de Maslow. O grande "x" do Brasil é saber quando teremos fome suficiente para abandonar a passividade hipócrita, e entrar na briga pelo controle. Sempre estivemos presos, pela nosssa "educação", à parábola do sapo. Para quem não conhece ai vai.. Se vc jogar um sapo na água fervendo ele pula e se salva, porém, se vc colocar ele na água fria e acender o fogo, ele morre cozido. Somos nós, brasileiros, em guerra eterna,mas com políticas de paz. Hoje compreendo o Dr. Enéias - para sermos respeitados, ou temidos, temos que utilizar das mesmas armas, nucleares se assim forem. Não há mudança sem ruptura, sem revolução, e sem poder, a história enfatiza. Afinal - O forte sempre vai vencer o fraco. Sun Tzu
    E não há complacência na "humanidade".

    Flavio Calazans

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